Já a população de pesquisa é o grupo efetivamente entrevistado — um subconjunto da população-alvo, definido após a seleção amostral e sujeito a imprevistos práticos, como recusas ou ausências. O desafio metodológico está em garantir que esse grupo seja uma representação fiel do todo, permitindo generalizar as conclusões com segurança.

Por fim, a cobertura da pesquisa define até onde o estudo pode chegar. Ela depende da qualidade do cadastro de domicílios (no caso, o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE/IBGE). Se áreas recentes não estiverem devidamente registradas — como novos condomínios ou ocupações —, seus moradores não poderão ser sorteados, ainda que façam parte da população-alvo. Uma cobertura imperfeita é uma fonte comum de viés da amostra, pois exclui segmentos inteiros da população desde o início.

A amostragem da Niterói Que Somos foi planejada para minimizar tais distorções. O uso de métodos probabilísticos e a estratificação por setor censitário asseguram que cada domicílio sorteado represente outros semelhantes. Assim, mesmo diante das especificidades entre população-alvo, população de pesquisa e cobertura, os dados obtidos poderão ser extrapolados de forma confiável, refletindo a diversidade do município e apoiando políticas públicas mais precisas e equitativas.